sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A importância do conhecimento e estudo da História II

É muito importante o conhecimento da história dos povos e das nações. A história do Brasil, por exemplo, nos fornece as ferramentas necessárias para que possamos conhecer os rumos da política, o porque do governo adotar esta ou aquela medida, ou toda a nossa problemática social, nas questões acerca de saúde, educação, violência, criminalidade, questões jurídicas, reforma agrária, etc.

A História geral das civilizações, apesar de ser um conjunto de disciplinas muito vasto e abrangente, nos permite encontrar respostas para os problemas que afetam diretamente o nosso cotidiano, e não somente por nos ajudar a compreender a realidade, ou a conjuntura política, mas porque nos fornece exemplos, por vezes sábios, outras vezes de estupidez; exemplos de moderação, de pertinência, ou mesmo as selvagerias, genocídios ou burrices estapafúrdias.

Os exemplos são inúmeros, cabe-nos pinçar aqueles que melhor se adequam às nossas realidades. Tomando um caso interessante, o do imperador Adriano, supremo governador dos territórios romanos entre 117-138 d.C., passou para a história como um gênio de incrível polidez que trouxe a paz e a prosperidade aos romanos, às províncias anexadas ao império e aos povos vizinhos, junto às largas fronteiras. Para tal, rompeu com a política de expansionismo belicoso de seu antecessor, Trajano, que impunha pesados fardos aos camponeses, que tinham que trabalhar mais e ganhar menos para pagar os impostos que financiavam as guerras por novos territórios.

Adriano era primo dele e foi nomeado seu sucessor após uma terrível crise na Antióquia, capital da província Síria onde era governador – a crise se abateu por todo o império, pois o delírio expansionista de Trajano pelas terras do oriente (o que lhe custou a própria vida meses após o seu início) abriu espaço para novos agressores atacarem Roma por todos os lados.Adriano passou, desde então, o resto de seu reinado empenhado em buscar a paz e a prosperidade, assentado sobre os ideais de beleza e perfeição, que provinham do seu profundo conhecimento e admiração loquaz pela cultura dos gregos. Quis levar a cultura grega a todos os povos, tal como fez Alexandre, o grande, e quis estender a Pax Romana pelo mundo, tal como fizera Augusto, seu antecessor: quis estabilizar as instituições, virtudes e valores do império, esta a sua marca, sua contribuição a Roma.

Soube levar a cabo suas ambições, considerando ora os acertos de uns, ora os erros de outros; soube ser ponderado durante toda sua vida e durante toda sua vida de imperador.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A importância do conhecimento da História

A História busca dar sentido às questões do nosso tempo.

A História é uma área do conhecimento humano preocupado com a compreensão do passado. Buscando em fontes que relatam o passado, procura dar sentido às ações do homem com a intenção de dar resposta a questões do presente. Dessa forma, esse campo de conhecimento oferece um instrumental útil e necessário para que possamos enxergar em uma perspectiva mais profunda o mundo que nos rodeia.
Além de oferecer mais conhecimento, a História tem a interessante capacidade de remontar o passado de formas completamente diferentes. O historiador vai até o passado com um conjunto limitado de perguntas e documentos que o permitem fazer “apenas” uma forma de compreender um determinado período de tempo. Por isso, não podemos encerrar a compreensão de qualquer fato na obra de um único estudioso.
Grosso modo, as primeiras linhas de estudo da História se desenvolveram nas cavernas, quando os primeiros grupos humanos se preocupavam em registrar o desenrolar de sua própria vida cotidiana. Na Antigüidade, os primeiros historiadores se preocupavam em relatar as peripécias dos grandes personagens e o cenário épico das guerras travadas entre os povos. Muitas vezes, comprometidos com algum dos lados dessa história faziam um relato tendencioso e impreciso.
Na verdade, não podemos mesmo pensar que o historiador deixa suas preferências de lado na hora de trabalhar com o passado que lhe atrai. No entanto, durante muito tempo, o estudo da História se mostrou espalhado em relatos desprovidos de algum tipo de rigor que garantisse algum tipo de objetividade. A partir do século XVIII, observamos a proposição de alguns pensadores que tentaram dar critérios mais rígidos no estudo da História.
Nessa corrente, temos a ascendência de um ideal em que o historiador teria a capacidade de falar do passado sem interferir o conhecimento com suas opiniões pessoais. A partir de então, os fatos históricos começariam a ser julgados com base na importância maior dos fatos de ordem política e econômica. Restringindo com bastante força outros temas de análise histórica, esse tipo de perspectiva veio a perder força somente no decorrer do século passado.
Atualmente novos temas vêm tendo bastante força no campo dos estudos históricos. A História oral, a Micro-história e a História Cultural são alguns dos novos campos de atuação dessa área do conhecimento. Tendo caráter fortemente reflexivo, a História possibilita a criação de um espírito crítico capaz de elucidar uma relação mais interessante do homem com a realidade que o cerca.

Importância do estudo da História

Um novo conceito

Talvez você esteja acostumado a estudar história de uma maneira errada que talvez tenha sido passada para você desde a época do ginásio.
Muitos de nós quando pensamos em história o que nos vem à cabeça são fatos, cronologia, nomes de heróis e figuras importantes na história.
Se você aprendeu a estudar história desse jeito, nós vamos mudar um pouco seu conceito e apresentar um novo tipo de abordagem muito mais ampla e útil para seu aprendizado, uma abordagem que se preocupa mais com as transformações que se operam no processo histórico, em particular nas estruturas da sociedade.
Fatos, cronologia, nomes serão até certo ponto importantes em nosso estudo, porém, iremos trabalhar com essa história nova, que os examinadores estão pedindo nos vestibulares.
O estudo da História é importante porque nos dá condições de entender as estruturas econômicas, sociais, políticas, religiosas, ideológicas e jurídicas da sociedade em que vivemos.
A partir do estudo do passado podemos entender o processo de transformação da natureza, realizado pelo acúmulo de conhecimento dos homens, e que possibilitou mudanças substanciais no modo de vida da humanidade e no próprio homem, além de abrir horizontes de transformações em nossa sociedade.
O contato com civilizações e grupos sociais, que viveram em espaços e tempos diferentes do nosso, nos auxilia no sentido de apreendermos que as formas de produzir a sobrevivência variam na História.
Mas é justamente essa necessidade constante de adaptar e adaptar-se à natureza que nos torna animais diferentes dos demais.
Nós, homens, ao transformarmos a natureza, estamos produzindo cultura, portanto, criando sociedades que se estabelecem sobre critérios não meramente biológicos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Conhecimento Histórico

Conhecimento Histórico
A história faz parte do campo de conhecimento das ciências humanas. Seu empenho principal está na reconstrução do passado. No seu trabalho o historiador utiliza fontes que podem ser: escritas, como documentos oficiais e particulares, cartas jornais, livros. Orais, como discos ou fitas gravadas; ou visuais, quadros, gravuras, fotos e filmes.

Na vida cotidiana deparamos com um sem-número de fontes para os mais diversos estudos de história. Por exemplo, para o pesquisador empenhado em descrever e explicar a sociedade brasileira da década de 1980 seriam materiais importantes: cadernos e contas de famílias de várias classes sociais; documentos mostrando o funcionamento de empresas; declarações de renda; decretos governamentais; panfletos sindicais e políticos, livros, revistas, jornais, fotos e filmes.

O estudo das fontes deve ser feita de forma crítica. Nem tudo que é dito pelos materiais coletados para a pesquisa é a expressão da verdade. Ao longo da história, governos, instituições e pessoas tendem a afirmar, como verdade, aquilo que muitas vezes é a expressão de seus interesses.

Essas mentiras podem deliberadas ou inconscientes. Cabe o historiador comparar, criticar, estudar fontes de variadas tendências, numa tentativa de reconstruir o que aconteceu de forma mais exata possível.

“A verdade na História tem um caráter diferente, em que o limite do que é aceitável ou não é dado pela pesquisa junto às fontes, pelo diálogo com os conceitos e por um trabalho analítico e de síntese, no sentido de construir uma explicação. Com certeza, esse tipo de verdade é mais móvel, mais passível de reavaliação, mas isso não quer dizer que não exista produção de conhecimento há História ou que o conhecimento produzido por essa disciplina não seja rigoroso. (...) afirmar que a verdade histórica possui um caráter diferente não significa dizer que ela não existe o que é arbitrária. A História não se confunde com uma opinião qualquer”.

O conhecimento produzido pelos historiadores é provisório (uma nova fonte, por exemplo, pode alterá-lo), descontínuo (já que um historiador não poderá estudar toda a história dos homens em todos os seus aspectos, no decorrer de todo o tempo), seletivo (uma vez que o historiador elege o seu problema e seu objeto) e limitado (porque conhecer é tarefa infinita), mas tudo isso não quer dizer que ele não seja verdadeiro.

De um lado estão as fontes e, de outro, as várias perguntas com as quais o historiador interroga essas fontes. O acontecimento, a própria história, surge deste diálogo entre a documentação e a pergunta feita pelo historiador.

O objeto do conhecimento histórico é aquilo que acontece, é o acontecido, perseguido pelas suas evidências e registros.

Cada historiador faz perguntas diferentes e procura selecionar o material que possa responder a essas perguntas. Isso não significa que a História, com “h” maiúsculo, seja a simples somatória das várias histórias escritas. Para se conhecer o passado dos homens não basta juntar tudo o que já foi dito sobre eles. É preciso compreender como cada aspecto da vida humana e dos universos sociais se relacionam uns com os outros”.

A historiografia, ou a história do estudo da história.

Durante muito tempo a preocupação dos historiadores era de estudar os grandes acontecimentos, fundamentados nas ações dos governantes e encadeados em ordem cronológica e o papel do historiador era o de descrever o que aconteceu na história.
Escrevia-se a história dos reis, príncipes, a vida dos heróis militares, suas batalhas e suas vitórias. Era uma história mais descritiva do que reflexiva.

Um momento importante foi o da historiografia marxista. O pensador Karl Marx tinha uma filosofia histórica peculiar, ele entendia que a história humana era movida pelos seus interesses econômicos.

Para os marxistas o conhecimento histórico é um elemento de transformação da sociedade. Eles dividiam a história pelos seus modos de produção. Por exemplo: no mundo antigo, existia o modo de produção escravista, depois sucedido pelo modo de produção feudal, seguido pelo capitalista, e assim por diante.

Uma nova tendência historiográfica é o que ficou conhecida como Nova História. Cansados da ênfase econômica imposta pelos marxistas os historiadores desta nova tendência, quiseram ampliar as fontes e o objeto de estudo da história.

O cotidiano encontrou sua relevância, a vida individual de cada pessoa passou a ser de interesse do historiador. Pensou-se na História das Mentalidades, História da Mulher, do Jovem, História da Vida Privada, História dos Cheiros e do Cotidiano.

Periodização histórica

Periodizar significa indicar períodos, demarcar o tempo histórico com marcos significativos.

Nas civilizações cristãs, convencionou-se que o marco inicial para a contagem do tempo histórico é o nascimento de Cristo. Assim, no calendário cristão, o ano 1 começa com o nascimento de Cristo. As datas anteriores ao nascimento levam a abreviatura a.C. e as datas posteriores d.C. .Nem todos os povos, porém, adotam o calendário cristão, como os muçulmanos e judeus.

Esta é ainda a periodização mais aceita:

Idade Antiga – do fim da pré-história (aparecimento da escrita) até o século V d.C (queda do Império Romano do Ocidente, em 476)

Idade Média – do final da Antiguidade até o século XV (queda de Constantinopla, em 1453)

Idade Moderna – do final da Idade Média até o final do século XVIII (Revolução Francesa, em 1789)

Idade Contemporânea – do final da Idade Moderna até os dias atuais.

Fonte: Projeto Araribá : História - Editora Moderna.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Teoria da História

Denominamos Teoria da História ao ramo do conhecimento que procura compreender as diversas formulações do conhecimento histórico.

Por não existir uma concepção única e consensual para a análise do passado, as diversas teorias da História alimentam debates constantes entre os defensores de diversas concepções. Entre as principais, relacionam-se: Positivismo, Escola dos Annales, Nova História, Micro-História e Historiografia Marxista

Positivismo
No século XIX, a aplicação do pensamento formulado por Auguste Comte na área de análise histórica acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar o fator que determinasse a verdadeira história: ela seria algo indiscutível e localizada através dos documentos governamentais que jamais estariam errados, com omissões, ou deturpados. De acordo com tal forma de análise, apenas as histórias militares e políticas teriam importância de serem verificadas. Após a localização dos fatos do passado, deveriam ser criadas leis gerais que explicassem todos dados coletados. A quantidade de leis deveria ser a mínima possível, até se alcançar uma lei única e universal.

Na verdade, tal posicionamento revela a necessidade de uma pesquisa científica e metódica nas ciências sociais, fruto e tentativa de aplicação do mesmo que ocorre nas demais ciências a partir do século XIX. Até então, as narrativas históricas se limitavam a textos que misturavam credos religiosos com possíveis realidades, impossibilitando de serem separados um do outro, ou mesmo narrativas de pessoas de destaque que tivessem presenciado os ocorridos.
Atualmente, o positivismo encontra pouca receptividade dos historiadores. No entanto, é digna a sua lembrança já que, pela primeira vez, existe a preocupação de se desenvolver narrativas históricas seguindo determinados critérios.

Escola dos Annales
Trata-se de uma linha historiográfica surgida na França através da revista Annales d'histoire économique et sociale, criada por Marc Bloch e Lucien Febvre. Os dois autores fundadores de tal publicação achavam insuficientes as formas com que a História era tratada até então. Apesar disso, não foram os primeiros a proporem novas abordagens, nem receberam a fama de forma indevida. Bebendo das fontes de diversos autores, compilam uma forma própria de análise do passado.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

História das Mentalidades

A chamada História das mentalidades é um ramo da Teoria da História.

É considerada uma análise de tipo mais profundo da História pois visa perscrutar e compreender as grandes alterações nas formas de pensar e agir do Homem ao longo dos tempos. Inscreve-se no chamado tempo longo (a longa duração), de teor essencialmente estrutural e que atua nos diversos fatores de uma sociedade.

Tem implicações na política, na sociedade, na economia, na cultura, na filosofia e na religião. Enquadra cada complexo histórico-geográfico e determina-o profundamente, não obstante, por sua própria natureza, não ser evidente discernir o que pertence especificamente a uma época e o que constitui permanência.

As suas repercussões são multidirecionais e aplicam-se ao homem como indivíduo, ser pensante e intelectual, à família, aos grupos, às comunidades, às nações. Entra igualmente no domínio do público e do privado, revelando para cada época sensibilidades e vivências próprias no relacionamento com os outros.

Por ser do domínio do tempo longo, a perspectiva temporal é fundamental para seu estudo. Devido à sua abrangência intrínseca, permite ampliar o conceito de documento, extravasando em muito o mero documento escrito de cariz oficial. Os atos inconscientes são tão ou mais importantes que a formalidade dos decretos e das ordens régias; a Arte, a Literatura, os costumes, os ritos, a religião são manifestações fundamentais para revelar a consciência auto-reflexiva que o homem tem de si numa determinada época.

Com a história das mentalidades, a elaboração histórica deu um salto qualitativo, quer em termos científicos quer no concernente ao seu ensino. A História Nova de Marc Bloch foi a grande impulsionadora da história das mentalidades. Um outro grande impulsionador desta teoria foi o filósofo e epistemólogo francês Michel Foucault, ligado à psicanálise.

A história das mentalidades é um meio de compreensão dos mecanismos sócio-históricos sobre um pano de fundo onde os conceitos elaboram-se a partir dos estados mentais de grupos coletivos.

Desse modo, as manifestações que estão ligadas ao amar, lazer, morrer e viver num sentido de desvelar os discursos. Para além do óbvio visando uma inteiração entre o antropológico, a sociologia e a psicanálise. Em que a autoridade, tradição e passado está ligado a investigação multidisciplinares.

Para compreender a história das mentalidades é preciso fazer uma remontar aos séculos XIX e XX, onde conceitos estabelecidos pelo historiador Leopold von Ranke que idealizava uma história tradicional, política voltada à biografia dos reis, foi contestada mais tarde por Marc Bloch e Lucien Febvre que, em busca de uma história-problema e de uma história do cotidiano fundaram a "Revue des Annales", em torno da qual se estabeleceu a chamada Escola dos Annales.

A história das mentalidades teve como destaques principais dois historiadores que com suas obras mostraram o pensar e o agir na História do mental: Bloch editou "Os Reis Taumaturgos", uma obra comparativa entre crença e autoridades dos Reis e Febvre publicou "O Problema do Ateísmo no Século XVI: a religião de Rabelais" onde defendia a tese da História ser uma forma de estudo interdisciplinar.

Apesar de estudar o modo de agir e pensar do indivíduo a História das mentalidades estava ficando "fora de moda" e os historiadores não gostam de ser tratados e rotulados como “historiador do mental” e a partir de meados da década de 1980, na França, esse tipo de análise histórica já estava sendo reformulada, dando lugar a sua principal herdeira, a Nova História Cultural.

A Historia Cultural no Brasil deu-se através do historiador Sérgio Buarque de Holanda e do antropólogo Gilberto Freyre, a partir de suas respectivas obras “Raízes do Brasil”, publicada em 1936, e “Casa Grande e Senzala”, publicada em 1933.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Conceito de História e seu estudo

Conceito de História
História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização.

Objetivos
Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.
Fontes
O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).
Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos).
Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.
Ciências auxiliares da História
A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, podemos citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas relações), Paleontologia (estudo dos fósseis), Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e medalhas), Psicologia (estudo do comportamento humano), Arqueologia (estudo da cultura material de povos antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras.
Periodização da História
Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos:
- Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.
- Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano)
- Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).
- Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa).- Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.
Outras informações
- O grego Heródoto, que viveu no século V a.C é considerado o “pai da História” e primeiro historiador, pois foi o pioneiro na investigação do passado para obter o conhecido histórico.
- A historiografia é o estudo do registro da História.
- O historiador é o profissional, com bacharelado em
curso de História, que atua no estudo desta ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Idade Contemporânea II

A idade contemporânea é o período específico atual da História do mundo Ocidental, iniciado a partir da Revolução Francesa (1789 d.C.).

O seu início foi bastante marcado pela corrente filosófica Iluminista, que elevava a importância da razão. Havia um sentimento de que as ciências iriam sempre descobrindo novas soluções para os problemas humanos e que a civilização humana progredia a cada ano com os novos conhecimentos adquiridos.

Com o evento das duas grandes guerras mundiais o ceticismo imperou no mundo, com a percepção que nações consideradas tão avançadas e instruídas eram capazes de cometer atrocidades dignas de bárbaros. Decorre daí o conceito de que a classificação de nações mais desenvolvidas e nações menos desenvolvidas tem limitações de aplicação.

Atualmente está havendo uma especulação a respeito de quando essa era irá acabar, e, por tabela, a respeito da eficiência atual do modelo europeu da divisão histórica.

O Tempo Contemporâneo

A história ou Idade contemporânea compreende o espaço de tempo que vai da revolução francesa aos nossos dias. A idade contemporânea está marcada de maneira geral, pelo desenvolvimento e consolidação do regime capitalista no ocidente e, conseqüentemente pelas disputas das grandes potências européias por territórios, matérias-primas e mercados consumidores.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Idade Contemporânea

Compreender o mundo contemporâneo do ponto de vista histórico é uma tarefa bastante complicada. Nesse período que se inicia no século XIX e vem até os dias de hoje, o historiador se depara com um fluxo de acontecimentos muito mais intenso do que em qualquer outro momento da História. De fato, tem-se a nítida impressão que a história começa a ficar mais acelerada e a função de refletir sobre os acontecimentos acaba ficando bastante complexa.

Um primeiro fator que explica essa nova configuração tem a ver com o processo de urbanização que se espalha em várias partes do mundo. A concentração de pessoas promove uma ampla cadeia de inflexões na divulgação de informações, na produção de bens de consumo e no próprio ritmo de vida de cada indivíduo. As horas e os dias começam a ser unidades de tempo cada vez mais frágeis, seja em relação ao fluxo de coisas que acontecem ou sob as expectativas do homem para com o futuro.

Além disso, podemos também contabilizar um fator de ordem biológico bastante significativo. O avanço da medicina e o aprimoramento das condições de vida estabeleceram o prolongamento da nossa expectativa de vida. Com isso, o número de pessoas presentes no planeta se avolumou e, consequentemente, o desenvolvimento de ações históricas também sofreu um visível incremento. Isso sem levar em conta o avanço dos meios de comunicação que dinamizam a circulação de tais acontecimentos.

O grande volume de fatos históricos a serem compreendidos na Idade Contemporânea acabou demonstrando um novo lugar para este campo do conhecimento. Com tantas transformações acontecendo, ficou cada vez mais nítido que a função de historiador não tem nada a ver com a elaboração de projeções para o futuro. A ciência histórica fica mais próxima de uma noção de que as formas de se ver o passado são atreladas aos valores do tempo presente.

Com isso, mesmo com a modernização na fabricação e no armazenamento de informações, o estudo dos fatos contemporâneos não se mostra cristalizados ou presos aos grandes nomes, instituições e datas. O historiador ou o simples amante de História se transforma em um intérprete da cultura que vagueia pelo passado fundando outras possibilidades de compreendê-lo e, ao mesmo tempo, no modo de olhar o seu mundo. Sendo assim, como definimos a Idade Contemporânea? Apenas o tempo irá dizer.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Estudar História

Vamos partir de uma pergunta despretensiosa: O que estudamos em história?

De modo simplificado podemos dizer que estudamos nossas relações sociais, culturais, políticas e econômicas; nossos comportamentos que têm por base nossas relações; nossa existência que se manifesta nas produções com as quais marcamos nossa passagem pelo mundo. Estudamos a vida humana tanto do ponto de vista de sua temporalidade como os processos que produzem os fatos dentro de um determinado período de tempo. Dessa forma, podemos dizer que a História relaciona-se com o Tempo. E, mais especificamente, ela relaciona-se com o passado visto a partir do presente. Ou, ainda, é o presente, procurando dar um sentido e uma explicação para o passado.

Mas, alguém pode perguntar: como estabelecer o contato com o passado? É possível estudar o passado? Voltaremos a isso mais adiante!

A marca humana ao longo dos anos, dentro do processo histórico, é, ao mesmo tempo, processo de produção da cultura e uma necessidade de perpetuação que se realiza pelo registro. Essa perpetuação se dá mediante os documentos, os vestígios e as marcas que compõem o patrimônio histórico e são o resultado da ação humana no tempo-espaço determinados. Ou seja, em sua temporalidade o ser humano produz marcas culturais e patrimoniais. Essas marcas servem não só para registrar a presença, mas também para perpetuar o evento, o fato ou os processos que produziram os fatos.

Todos os processos sociais, políticos, econômicos, ideológicos, marcam o tempo e o espaço. Em razão disso podemos dizer que tudo que fazemos pode ser chamado de cultura; que pode ser imortalizado nos elementos patrimoniais está inserido nas categorias tempo e espaço. A história dedica-se aos processos temporais, os quais, como sabemos, ocorrem em espaços determinados. O processo histórico, que é temporal, ocorre localmente. Daí a afirmação de que a história necessita de outras ciências: geografia, antropologia, sociologia, filosofia, etc. Embora cada uma dessas e de outras ciências possuam seus objetos específicos, a história se beneficia com seus avanços, pois, tudo acontece dentro das confrontações: tempo-espaço, portanto, todas as realizações são históricas.

Normalmente, em história, nos dedicamos à busca da compreensão das relações que ocorrem nas sociedades. Relações que envolvem os processos e aspectos da política, da economia e das relações sociais. Podemos dizer que todos os processos humanos envolvem esses três aspectos: A economia que é a base da sociedade é também a base das relações sociais e nestas se manifestam as relações de poder ou a política que dá sustentação ou abre perspectivas para as relações econômicas.

Sendo assim podemos dizer que estudar história é buscar a compreensão dos processos que produziram os fatos que marcaram o tempo. Isso é possível por que todas as coisas têm história e podemos estudar a história de tudo. Tudo que acontece e que aconteceu é história. A história, portanto, trabalha com o passado ou com as relações humanas do passado – mas faz isso no presente do historiador que é alguém situado em uma sociedade distinta daquela que é estudada. E já que tudo tem história, em tudo está a marca humana, assinalando as relações temporais.

Essa afirmação está em consonância com o que podemos ler nos PCN do Ensino Médio, ao afirmar que:

A pesquisa histórica esforça-se atualmente por situar as articulações entre a micro e a macro-história, buscando nas singularidades dos acontecimentos as generalizações necessárias para a compreensão do processo histórico. Na articulação do singular e do geral recuperam-se formas diversas de registro e de ações humanas tanto nos espaços considerados tradicionalmente como os do poder, como o do Estado e das instituições oficiais, quanto nos espaços privados das fabricas e oficinas, das casas e das ruas, das festas e das sublevações, das guerras entre as nações e dos conflitos diários para sobrevivência, das mentalidades em suas permanências de valores e crenças e das transformações advindas com a modernidade da vida urbana em seu aparato metodológico.
Á questão sobre o que estudamos em história, podemos responder dizendo que são as relações humanas a partir de suas marcas sociais, econômicas, políticas e culturais. Não esquecendo que essas ações humanas, também são resultantes de outras ações que as produziram. Não é demais, portanto, dizer que a história, enquanto ação humana, produz história, que são novas ações humanas. Neste ponto podemos colocar a indagação sobre como entender essas ações? Com quais instrumentos teóricos o homem atual, pode voltar-se para o passado, na busca de sua compreensão? E mais, é possível compreender o passado?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Uma Análise da História

História Geral

A historiografia tradicional costuma utilizar cronologia, fatos, nomes de heróis, batalhas e outros eventos como os fundamentos de uma História que é incapaz de penetrar na essência da sociedade humana.

Há uma outra abordagem mais preocupada com as transformações que se operam no processo histórico, em particular nas estruturas da sociedade. Nesse caso, os fatos datados e localizados são a matéria-prima da História, mas não se esgotam em si mesmos. É essa História Nova, com novas abordagens, novos métodos e novos objetos que os examinadores estão utilizando nos vestibulares.

Periodização
A periodização clássica da História considera como marcos cronológicos:
IDADE ANTIGA – do aparecimento da escrita e das primeiras civilizações por volta de 4000 a.C. até a queda de Roma em 476 d.C.
IDADE MÉDIA – da queda de Roma até a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453.
IDADE MODERNA – da queda de Constantinopla até a tomada da Bastilha em 1789.
IDADE CONTEMPORÂNEA – da tomada da Bastilha aos dias atuais.

Os Processos Históricos

O Sistema Asiático
Uma análise sistêmica das civilizações orientais, destacando o Egito, Mesopotâmia, Índia e China, demonstra que os povos do Oriente Próximo, do Oriente Médio e do Extremo Oriente desconheciam a noção de propriedade privada. Por isso, a terra e os escravos pertenciam ao Estado e aos templos. Assim, a economia era estática, a sociedade de tipo estamental, o poder político despótico-teocrático, a religião politeísta e a cultura pragmática. Nesse sistema, os hebreus e os fenícios são exceções do ponto de vista econômico, político e religioso.

O Sistema Escravista
No escravismo antigo, a noção de propriedade privada já se notabilizava e o escravo era considerado um objeto, um “instrumento falante”. A Grécia Antiga e a Roma Imperial inseriam-se no escravismo. No quadro da crise geral do escravismo romano, podemos localizar o nascimento do sistema feudal.

O Sistema Feudal
Caracterizado pelas relações servis de produção, o feudalismo europeu marcou a História Medieval por mais de mil anos. Nesse sistema, a economia era fechada – auto-suficiente, com produção para o consumo – e a sociedade, estamental, imóvel, polarizada entre senhores e servos. O poder político descentralizado e a cultura religiosa são decorrências da própria estrutura de produção. O imobilismo do feudalismo levou-o à destruição a partir das fugas dos servos e do nascimento de uma estrutura dinâmica, comercial, pré-capitalista.

Do Feudalismo ao Capitalismo“Por volta do século XII, com a desintegração do feudalismo, começa a surgir um novo sistema econômico, social e político: o capitalismo. A característica essencial do novo sistema é o fato de, nele, o trabalho ser assalariado e não servil, como no feudalismo. Outros elementos típicos do capitalismo: economia de mercado, trocas monetárias, grandes empresas e preocupação com o lucro.O capitalismo nasce da crise do sistema feudal e cresce com o desenvolvimento comercial, depois das Primeiras Cruzadas. Foi formando-se aos poucos, durante o período final da Idade Média, para finalmente dominar toda a Europa Ocidental a partir do século XVI. Mas foi somente depois da Revolução Industrial, iniciada no século XVIII na Inglaterra, que se estabeleceu o verdadeiro capitalismo.”

O Sistema Capitalista
A história do capitalismo começa a partir da crise do feudalismo, no final da Idade Média européia. Ao longo de muitos séculos, as estruturas capitalistas foram se organizando e a sociedade burguesa afirmando-se como tal. No século XVIII, o capital acumulado primitivamente foi investido na produção, consolidando o sistema por intermédio da Revolução Industrial. Nessa ocasião, as antigas colônias libertaram-se do pacto colonial, mas depois um novo colonialismo constituiu-se para atender às necessidades e superar as crises típicas do sistema. As disputas coloniais levaram o mundo capitalista às duas Guerras Mundiais, ao mesmo tempo em que, no interior do capitalismo, multiplicavam-se as células do socialismo.

O Sistema Socialista
Em meio às crises do capitalismo e às críticas dos ideólogos socialistas, particularmente Karl Marx e Friedrich Engels, foram surgindo os elementos que levaram à criação do primeiro Estado socialista da História, por meio da Revolução Bolchevista de outubro de 1917. Na atualidade, com o fim do socialismo soviético e de outros Estados socialistas, as esquerdas estão repensando o socialismo como ideologia. No campo capitalista, a tendência predominante é o neoliberalismo, que reduz a influência do Estado nas relações sociais, bem como seu papel na economia. Todavia, as recentes crises nos mercados capitalistas emergentes, com seus reflexos no Primeiro Mundo, também estão obrigando à revisão do modelo neoliberal.

ARRUDA, José Jobson. História Moderna e Contemporânea. São Paulo, Ática, 1982.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Antropologia – uma pequena introdução

A Antropologia é o estudo do homem como ser biológico, social e cultural. Sendo cada uma destas dimensões por si só muito ampla, o conhecimento antropológico geralmente é organizado em áreas que indicam uma escolha prévia de certos aspectos a serem privilegiados como a “Antropologia Física ou Biológica” (aspectos genéticos e biológicos do homem), “Antropologia Social” (organização social e política, parentesco, instituições sociais), “Antropologia Cultural” (sistemas simbólicos, religião, comportamento) e “Arqueologia” (condições de existência dos grupos humanos desaparecidos).

Além disso podemos utilizar termos como Antropologia, Etnologia e Etnografia para distinguir diferentes níveis de análise ou tradições acadêmicas.

Para o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1970:377) a etnografia corresponde “aos primeiros estágios da pesquisa: observação e descrição, trabalho de campo”. A etnologia, com relação à etnografia, seria “um primeiro passo em direção à síntese” e a antropologia “uma segunda e última etapa da síntese, tomando por base as conclusões da etnografia e da etnologia”.

Qualquer que seja a definição adotada é possível entender a antropologia como uma forma de conhecimento sobre a diversidade cultural, isto é, a busca de respostas para entendermos o que somos a partir do espelho fornecido pelo “Outro”; uma maneira de se situar na fronteira de vários mundos sociais e culturais, abrindo janelas entre eles, através das quais podemos alargar nossas possibilidades de sentir, agir e refletir sobre o que, afinal de contas, nos torna seres singulares, humanos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

HISTÓRIA: História é vida

Muitos alunos ainda identificam história como matéria que se memoriza. Nada mais grotesco ou anacrônico. Essa distorção é, em parte, herança da ditadura militar que impôs um ensino acrítico e não-reflexivo. Os tempos mudaram, mas alguns problemas persistem: a falta de leitura, a mercantilização, a má qualidade do ensino e sua desvinculação da realidade. Isso, é claro, incide sobre o estudo da história.
Mas, afinal, o que é história?
É o estudo do passado para entender o presente, mas de um passado vivo, que está presente em nós. Vejamos, por exemplo, a conferência contra o racismo que se realiza em Durban, na África do Sul. Ela nos remete aos séculos do colonialismo, da escravidão e do tráfico de escravos. Duas visões estão em conflito: a dos países ricos e a dos pobres.
As origens do conflito estão ligadas ao processo de afirmação e de expansão do capitalismo desde o século 15. Nele, os países do norte ficaram cada vez mais ricos e os pobres - cuja situação se agravou com a globalização e as políticas neoliberais - ficaram ainda mais pobres. Estes exigem reparações, pelo que sofreram.
Em nome do progresso e da civilização, os países capitalistas dominaram africanos, asiáticos e latino-americanos, sujeitando-os à miséria, à humilhação e ao preconceito. Daí o conflito: os pobres clamam por justiça e pelo fim do preconceito. A chama reacendeu-se, o passado vive.
A luta dos negros, dos índios, dos ciganos e dos migrantes, vítimas da xenofobia, é mais um sintoma de que a história não pode ser vista de forma única, homogênea, apenas pela óptica dos dominadores. Cada povo tem sua cultura, seus projetos e seu modo de vida, o que, por si só, questiona a visão etnocêntrica, a pretensa superioridade de uma civilização sobre a outra - no caso a branca, ocidental e cristã sobre as demais.
As vítimas do preconceito e do desemprego são hoje herdeiras de séculos de dominação e de exclusão social. Essa relação - passado e presente - constitui a essência da história. São as inquietações do presente que nos levam a reinterpretar o passado. A história é, portanto, uma ciência do presente.
A história não só está viva como é a própria vida. Quem ainda acha que história é "decoreba" inclua-se nela: é a melhor maneira de entendê-la.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Contribuição de Eric Hobsbawn na História

Eric J. Hobsbawm, conhecido como um dos mais respeitados historiadores contemporâneos, nasceu em 1917 em Alexandria, no Egito. Viena e Berlim são os cenários de seus primeiros anos de vida, época em que a Áustria e a Alemanha, devido à Primeira Guerra Mundial, padeciam com a alarmante crise econômica que se instaurara e a conseqüente agitação social que esta provocou. Em 1933, época em que Adolf Hitler ascendeu ao poder, Hobsbawm mudou-se para Londres, fugindo da perseguição nazista, mas principalmente por ter conseguido uma Bolsa de estudos na Universidade de Cambridge, onde forma-se em História.

Por causa de sua ideologia tornou-se um militante político de esquerda, filiando-se ao Partido Comunista da Grã-Bretanha, que neste momento apoiava o regime Stalinista – o mesmo que alguns anos atrás expatriara a ala esquerda do PC soviético, que contava com a participação de Leon Trótski, o criador da Quarta Internacional.

Atuou em diversas universidades da Europa e da América, como Professor visitante e lecionou até aposentar-se no Birkbeck College, da Universidade de Londres. Escreveu vários livros, dentre eles: A Era das Revoluções, A Era do Capital, A Era dos Impérios, Rebeldes Primitivos, Os Trabalhadores e os mundos do trabalho, Da Revolução Inglesa ao Imperialismo, Os Bandidos, Os Ecos de Marselha, Sobre História, todos eles publicados no Brasil.

A convite da Folha de São Paulo, Companhia das Letras e Diners Club, o historiador visitou o Brasil, quando ficou alguns dias na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro e ministrou uma palestra no Masp em São Paulo.

Analisar a contribuição de Hobsbawm para a Historiografia não é tarefa tão simples como parece, pra quem está ingressando agora no amplo e abrangente universo da História, sobretudo pela extensa lista de Obras por ele escritas; isso talvez exija um maior contato com as mesmas, pra que se analise detidamente o seu valor; mas, a grosso modo, exatamente por isso, pode-se deduzir o quanto tem sido valiosa a sua participação na elucidação de fatos históricos e tentativa de clarificar o movimento que existe no pensar e escrever sobre os processos históricos.

Segundo ele próprio expressa no prefácio do seu livro: Sobre História, a sua abordagem histórica é Marxista, e para ele, sem Marx não teria desenvolvido nenhum interesse especial pela história; foram Marx e os campos de atividade dos jovens radicais marxistas que forneceram seus temas de pesquisa e influenciaram o modo como escreveu sobre eles. Em artigo publicado pela Fundação Lauro Campos, em 21 de outubro de 2008, da autoria de Marcelo Musto, que discorre sobre a Crise do Capitalismo e a atualidade de Marx, o professor Hobsbawm afirma que Marx é, e continuará sendo uma das grandes mentes filosóficas, um dos grandes analistas econômicos do século XIX, e em sua máxima expressão, um mestre de uma prosa apaixonada.

Para Hobsbawm, a História não é uma simples descrição de fatos ocorridos ocasionalmente na experiência humana, mas a possibilidade de compreender os problemas que a caracterizam e quais devem ser as condições para sua solução. É fazer uma reflexão positiva dos fatos nos quais estamos inseridos, "por mais insignificantes que sejam os nossos papéis – como observadores de nossa época..." para ele, o ofício dos historiadores é lembrar o que os outros esquecem, o que consequentemente os torna de fundamental importância na construção da experiência humana.

Segundo ele mesmo assevera no prefácio do livro "Era dos Extremos", a principal tarefa do historiador não é julgar, mas compreender, mesmo o que temos mais dificuldade para compreender.

Em entrevista concedida à Folha de São Paulo, em 30 de setembro de 2007, quando questionado sobre a afirmação que fez em prefácio do seu livro: "Globalisation, Democracy and Terrorism", de que suas convicções políticas são indestrutíveis, Hobsbawm confirma que de fato sua convicção de ser de esquerda continua, mas algumas de suas convicções mudaram; que não acredita mais que o comunismo como foi aplicado poderia ainda dar certo; não se considera mais um revolucionário, muito embora não ache que tenha sido mau para ele e para a sua geração terem sido revolucionários.

Historiador consagrado como um dos observadores privilegiados do mundo moderno, Hobsbawm destaca-se pela sua valiosa contribuição à História, deixando atrás de si um legado de inestimável valor. Analisar a sua vida e a sua obra é símbolo de aprofundamento e investigação na elucidação de acontecimentos que construíram a história da humanidade. Sua incansável e contínua análise da história de diversas nações tem sido de extrema utilidade na compreensão das mesmas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

01.HOBSBAWN, Eric. A Era dos extremos. O breve século XX – 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
02.HOBSBAWN, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
03.SITE INFOESCOLA – Navegando e aprendendo (www.infoescola.com)
04.SITE DA FUNDAÇÃO LAURO CAMPOS – Socialismo e Liberdade. A crise do Capitalismo e a atualidade de Marx. (www.socialismo.org.br)
05.SITE HISTORIA NET – A nossa História (www.historianet.com.br)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Aos estudantes de História

imagem captura na web

Não devemos deixar de nos engajar nos transmites políticos da instituição que pretende nos formar. Todo historiador só será digno deste rótulo ao ser participante ativo da história. Não estamos nessa somente para narrarmos a história dos outros. Somos os próprios atores e autores da história. E na nossa formação acadêmica não vejo como estar de fora da política que rege nosso aprendizado.

Como pretensos historiadores temos o privilégio de nos atermos aos momentos históricos que formaram nosso sistema educacional, portanto temos o dever de construirmos desde já, um melhor sistema que cumpra com os deveres de se criar um país, e por que não um mundo menos alienado, e mais voltado para a educação do cidadão. Por isso espero que neste ano de 2009, seja propício a isto.

Pense positivo!